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São Josemaria Escrivá

  • bozumiiiiii
  • 26 de jun. de 2024
  • 5 min de leitura
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A biografia de São Josemaria Escrivá


Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em 9 de janeiro de 1902, em Barbastro, uma pequena cidade na província de Huesca, na Espanha. Ele foi o segundo de seis filhos, mas apenas três deles sobreviveram à infância. Sua família era profundamente religiosa e enfrentou muitos desafios econômicos, especialmente após a falência do negócio de tecidos de seu pai em 1915.


Desde jovem, Josemaría demonstrava uma profunda sensibilidade espiritual. Um momento crucial ocorreu no inverno de 1917-1918, quando, ao ver as pegadas de um carmelita descalço na neve, sentiu um forte chamado a fazer algo grande por Deus. Este evento marcou o início de sua busca para entender a vontade de Deus em sua vida.


Inicialmente, Josemaría considerou várias possibilidades de vida religiosa, incluindo o ingresso em um mosteiro cartuxo. No entanto, ele sentiu que Deus tinha outros planos para ele. Depois de completar seus estudos secundários, mudou-se para Logroño com sua família, onde continuou a educação e trabalhou como tutor para ajudar nas finanças familiares.


Em 1918, Josemaría começou a estudar Direito na Universidade de Saragoça. Ao mesmo tempo, ele decidiu seguir a vocação sacerdotal, ingressando no seminário. Durante esses anos de formação, ele manteve um estilo de vida rigoroso e disciplinado, dedicando-se à oração e ao estudo. Em 1923, mudou-se para Saragoça para completar seus estudos e, em 1924, obteve a licenciatura em Direito. Foi ordenado sacerdote em 28 de março de 1925.


Sua juventude foi marcada por uma profunda busca espiritual e um desejo sincero de entender e cumprir a vontade de Deus, o que posteriormente se manifestou na fundação do Opus Dei e na promoção da santidade através do trabalho e da vida cotidiana.


Início da vida religiosa


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Após ser ordenado sacerdote em 28 de março de 1925, Josemaria Escrivá foi designado para várias paróquias em pequenas localidades na Espanha. Seu primeiro posto foi em Perdiguera, um vilarejo próximo a Saragoça, onde serviu como vigário auxiliar. Em 1927, mudou-se para Madri para continuar seus estudos e, ao mesmo tempo, começou a trabalhar como capelão em um hospital.


Foi em Madri que a visão que eventualmente levou à fundação do Opus Dei começou a tomar forma. No dia 2 de outubro de 1928, durante um retiro espiritual, Josemaria teve uma inspiração divina para fundar uma nova organização que ajudasse leigos a buscar a santidade através de suas atividades diárias e do trabalho profissional. Esse momento é considerado o marco inicial do Opus Dei.


Nos anos seguintes, Josemaria dedicou-se a desenvolver e expandir a obra que sentia ser um chamado divino. Ele começou a atrair seguidores, especialmente jovens universitários e profissionais, a quem ele inspirava com sua mensagem de que a santidade podia ser alcançada no cotidiano.


Durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), Josemaria enfrentou grande perigo e perseguição devido à sua condição de sacerdote católico. Ele teve que se esconder em várias ocasiões e até buscar refúgio em uma clínica psiquiátrica para escapar da perseguição. Apesar das adversidades, ele continuou seu trabalho pastoral em segredo, ministrando sacramentos e proporcionando orientação espiritual para muitos.


Após a guerra, Josemaria retomou seus esforços para expandir o Opus Dei. Em 1941, a organização recebeu a primeira aprovação diocesana pelo bispo de Madri. A partir de então, ele começou a expandir a obra internacionalmente, fundando centros do Opus Dei em várias partes da Europa e, eventualmente, em outros continentes.


Ao longo das décadas de 1940 e 1950, Josemaria Escrivá trabalhou incessantemente para estabelecer e consolidar o Opus Dei, escrevendo numerosos textos espirituais e promovendo a missão de santificação através do trabalho e da vida cotidiana. Em 1950, o Opus Dei recebeu a aprovação definitiva da Santa Sé, o que permitiu a admissão de mulheres e de sacerdotes diocesanos na organização.


Esses primeiros anos de sua vida religiosa foram fundamentais para a formação de sua visão e para a criação de uma nova via de espiritualidade dentro da Igreja Católica, que enfatizava a importância do trabalho e da vida comum como caminhos para a santidade.


Após 1950, Josemaria Escrivá concentrou-se em consolidar e expandir o Opus Dei globalmente. A aprovação definitiva da Santa Sé em 1950 foi um marco significativo, permitindo uma maior inclusão e expansão da organização. Com isso, ele dedicou-se a estabelecer centros do Opus Dei em diversos países.


Expansão Internacional


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Durante as décadas de 1950 e 1960, o Opus Dei se expandiu rapidamente. Escrivá enviou membros da organização para fundar novos centros na Europa, nas Américas, na Ásia e na África. Ele incentivou seus seguidores a se envolverem ativamente em suas profissões, universidades e na sociedade em geral, promovendo a mensagem de santidade no trabalho diário.


Escritos e Publicações


Escrivá escreveu várias obras importantes durante esse período, destinadas a guiar e inspirar os membros do Opus Dei e a comunidade católica em geral. Entre suas publicações mais conhecidas estão:

- "Caminho" (1939): Uma coleção de 999 pontos de meditação que enfatizam a busca pela santidade na vida cotidiana.

- "Sulco" (1986): Publicado postumamente, este livro contém reflexões sobre virtudes cristãs.

- "Forja" (1987): Também publicado postumamente, foca em aspectos da vida espiritual e moral.


Roma e o Concílio Vaticano II


Em 1946, Escrivá mudou-se para Roma, onde trabalhou para estabelecer a sede central do Opus Dei. Sua presença em Roma permitiu-lhe uma interação mais próxima com a hierarquia da Igreja Católica. Ele foi consultor de diversos dicastérios da Cúria Romana e teve um papel significativo durante o Concílio Vaticano II (1962-1965), onde sua visão de santidade no trabalho cotidiano foi refletida nos documentos do concílio, especialmente na constituição dogmática "Lumen Gentium".


Reconhecimento e Dificuldades


Apesar de sua crescente influência, Escrivá enfrentou críticas e controvérsias. Alguns viam o Opus Dei como uma organização secreta e elitista, enquanto outros apreciavam sua dedicação à formação espiritual e profissional. Ele trabalhou diligentemente para esclarecer mal-entendidos e promover uma imagem de transparência e serviço.


Últimos Anos


Nos anos seguintes, Josemaria continuou a viajar, visitando centros do Opus Dei ao redor do mundo e encorajando os membros com sua presença e ensinamentos. Ele também promoveu iniciativas sociais e educacionais, fundando escolas, universidades e centros de formação profissional, como a Universidade de Navarra na Espanha.


Josemaria Escrivá faleceu em 26 de junho de 1975, em Roma, enquanto trabalhava em seu escritório. Sua morte marcou o fim de uma era de crescimento e desenvolvimento para o Opus Dei, mas sua influência continuou a ser sentida por meio das obras e instituições que ele fundou.


Canonização


Em 1992, Josemaria Escrivá foi beatificado pelo Papa João Paulo II, e em 2002, foi canonizado, tornando-se São Josemaria Escrivá. Sua canonização foi um reconhecimento oficial da Igreja Católica à sua vida e obra, confirmando sua mensagem de que a santidade é acessível a todos, independentemente de sua condição ou ocupação.

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