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Contra a legalização da maconha

  • bozumiiiiii
  • 2 de jul. de 2024
  • 4 min de leitura
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Como diz Roger Scruton: "Bebo, logo existo". A bebida alcoólica é praticamente cultural na civilização (algo "saudável" que não interfere na prosperidade social e/ou moral das gentes), mas sempre acompanhada deonticamente da sobriedade [a exceção dos abusados prova a regra dos sóbrios e moderados]. Ora, até Cristo bebia o solene vinho, ao passo que as sociedades não se degredam pelo uso do álcool ou tabaco, o que não é o caso da planta. É incrível como o maconheiro tem toda a sua personalidade e existência absorvidas pela maconha. Esse pessoal não fuma maconha, eles que são fumados pela planta. Ora, quantas civilizações se desenvolveram humanamente tendo a maconha "normalizada"? As sequelas e mazelas sociais não são causados pelo álcool em si, mas sim pela falta de moderação do agente. Alegar o contrário é o mesmo que afirmar (o dislate) que armas de fogo matam pessoas per se, confundindo algo lógico básico que é a causalidade [a causa material não age sem um causador eficiente que formaliza a causação final, ou melhor, a finalidade]. Dito isso, um salve aos trapistas e monges de Grimbergen, produtores do bom álcool! Santo Arnulfo, padroeiro dos cervejeiros; São Martinho de Tours, padroeiro das vinícolas; São Vicente de Saragoça, protetor dos viticultores, ora pro nobis. Continuando, o torpor produzido pelas bebidas são geríveis. Por outro lado, o efeito entorpocente de adicção (vício compulsório, dependência, anti-lucidez) da droga canábica (pseudo-psicoterápico alucinógeno) é indiscutivelmente mais incontrolável, perigoso e aliciante (magnético e hipnótico) que as substâncias "lícitas", como o álcool e o tabaco. O livro "Maconha S.A." do Dr. Álvaro Mendes - refuta categoricamente as objeções cannabistas (falácias e propagandas pró-maconha). É bom frisar que as pequenas doses tragadas podem não causar psicose de imediato, todavia, a psicose é o inevitável "bad ending", ora, até lá já se têm - de ipso facto - alterações visíveis, como influência desnorteante na percepção do espaço e tempo, afetação no funcionamento dos sentidos (como aguçar o olfato, a audição e o tato, mas prejudicar simultaneamente a sensação natural à dor, bem como a perda inescrupulosa do medo psicológico, que é um dispositivo mecânico do cérebro para a sobrevivência/prudência). Os neurocientistas esclarecem que o mecanismo do GABA (afetado pela alcoolização) é muito mais seguro que o mecanismo do CB (área afetada pela erva), além de que a CB tem uma janela estreita para o uso metastático e seu alvo é principalmente o sistema nervoso, enquanto que o GABA é fisicamente anódino e resistente. O torpor produzido pela maconha aguça enquanto maleficia, prejudicando campos que são criados justamente para proteger o organismo, vide o medo, a dor e derivados.


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O efeito analgésico que o CBD tem é no mínimo cinquenta vezes maior que o do álcool, que só é compreendido em anestésicos gabaergicos, como o midazolam, por isso é utilizado em dor crônica. O sujeito que usa a maconha se perde no tempo e perde a noção de espaço, tornando-se incapaz de julgar distâncias; existem alguns relatos de sentir os corpos desconectados da realidade, como que em outro plano. Esses são os efeitos do uso moderado, de 10-20mg de THC. Em alguns pacientes, o efeito se deu com 3-5mg; cada 1g de cannabis sativa tem aproximadamente de 100-300mg. No Brasil se tem menor quantidade pela impureza da planta, rendendo por volta de 30% do valor, ou seja, 20-30mg. Tecnicamente falando, o THC da maconha interage no sistema endocanabinoide e interfere na plasticidade sináptica, processo fundamental para o aprendizado e memória. Por isso, a maioria dos esquerdistas são analfabetos funcionais, de mentalidade e personalidade lesadas. A maconha é um atraso de vida; nem jovem nem idoso deve fumá-la, principalmente os mais novos, dado que o córtex pré-frontal dos efebos, responsável por funções como planejamento, tomada de decisão e controle de impulso, ainda está amadurecendo. Não obstante, a poda sináptica, processo crucial para a otimização das redes neurais, também está em curso de risco. A existência de um sistema neurotransmissor canabinoide endógeno que coordena ou afeta os outros sistemas de neurotransmissão, incluindo o dopaminérgico, foi comprovada por diversos estudos que apontam os receptores de THC (princípio ativo da cannabis) no sistema nervoso. O circuito é constituído por: ventral limbic forebrain loci (VLFL), área tegmental ventral (ATV), feixe prosencefálico medial (FPM), NAc, pálido ventral (PV) e CPF medial 9,67,68, ambos contagiados negativamente pela maconha. Essa maldita planta é deletéria sem qualquer abuso, pois o próprio uso já estimula o torpor da razão. Os usuários podem tentar racionalizar seus vícios, mas todo ato que pretende usar a maconha contém como finalidade o entorpecimento instantâneo (pecado grave, limítrofe entre falta venial e mortal), o que denota má ordenação da volição, ou seja, embriaguez perfeita. A distinção se faz entre a embriaguez imperfeita: o fato de embriagar-se um pouco e de forma deliberada, o que pode ser apenas um pecado venial, e a embriaguez perfeita, que é beber até que você fique completamente bêbado. Fumar maconha é sempre ocasião de plena embriaguez. Ora, diluiu os sentidos, perdeu a agência da razão; perdeu a agência da razão, maculou a natureza. Obstinar em pecado venial já implica pecado mortal. Não é porque uma ação configura mera falta venial que ela possa ser cogitada pela razão axiológica (ainda que defendida pela lei jurídica). A maconha causa efeitos psicotrópicos desde o primeiro uso. Com o tempo pode desenvolver tolerância, e vai demandar de doses maiores para obter efeitos desejados, mas fumar cannabis sem sentir nada pra quê? A cannabis possui alta concentração de THC, que é o principal agente psicotrópico da cannabis e pode estar presente em concentrações significativas dependendo da flor que estamos falando. Uma overdose pode causar psicose induzida por cannabis, mesmo com doses pequenas de 3-5 mg, sendo que 1g de cannanis pode conter 0,3g de THC; um usuário comum de uso recreativo geralmente consome 5-10g por uso, excedendo muito o que a literatura toxicológica diz de 50mg sendo o limiar para psicoses em usuários. Aliás, nas injeções alcoólicas não há o torpo instantâneo, por conta de sua baixa interação com o sistema nervoso, onde baixas concentrações ocasionam apenas em relaxamento, por conta do seu local de ação (GABA). Já a maconha é direto no SN pelos CB1/2, ao passo que a literatura científica atesta que 50mg já é o limiar da psicose.



[Fonte: DI FORTI, M. et al. The contribution of cannabis use to variation in the incidence of psychotic disorder across Europe (EU-GEI): a multicentre case-control study. The Lancet Psychiatry, v. 6, n. 5, p. 427-436, 2019].

 
 
 

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